terça-feira, 14 de outubro de 2008

As respostas de Paulo Rosa (2/3)

6. É favorável à limitação legal de mandatos de cargos políticos? Que número de mandatos consideraria razoável como máximo legal para o cargo de deputado regional?
R: Sou e de há muito tempo. Diz-se popularmente que o poder corrompe e pelo que tenho observado ao longo dos anos, isso não anda longe da verdade. Os eleitos para cargos políticos devem encará-lo como uma delegação de responsabilidade, uma missão em prol do bem comum e não como uma carreira. Tal como sucede com a Presidência da República, defendo a limitação de mandatos sucessivos e penso que dois mandatos são um patamar justo de entendimento. Depois, os cidadãos devem ser reintegrados nas suas carreiras.

7. Que montante de salário consideraria razoável para o cargo de deputado regional?
R: Por questões de princípio penso que, à partida, toda a gente deveria receber o mesmo que no exercício da sua actividade profissional. Porém, dado que se ausentarão das suas famílias por longos períodos e dada a responsabilidade que lhes é colocada nos ombros, creio que 2.000 euros seria uma gratificação justa, pelo menos no cenário de crise que se vive actualmente, no qual a classe política deveria dar o exemplo exigido aos demais cidadãos. Considerei também e continuo a considerar escandaloso pela mesma razão o aumento que os deputados do país aprovaram para si mesmos na ordem dos seis por cento.

8. Uma vez eleito deputado, os seus rendimentos anuais diminuem ou aumentam relativamente ao que auferiria no normal exercício da sua profissão?
R: Embora não tenha dados concretos relativos ao rendimento de um deputado, penso que aumenta, a não ser que os deputados aufiram 1.400/1.500 euros mensais.

9. Já alguma vez criticou/discordou de alguma posição do líder regional do partido pelo qual concorre a estas eleições? Se sim, quando e porquê?
R:comecei a acompanhar a vida parlamentar e política regional com mais atenção nos últimos dois meses, por razões óbvias, e estou satisfeito com a prestação do Dr. Artur Lima, até pela defesa dos florentinos (a questão das diárias dos doentes deslocados, a defesa de nova regulamentação para os residentes na Ponta da Fajã, a questão do avião de carga, etc). Não tenho a certeza, mas penso que o aumento de seis por cento de que falo na resposta anterior foi aprovado por unanimidade. Se assim foi, eu teria votado contra.

10. Na ilha das Flores fala-se muito de “corrupção eleitoral”. Já alguma vez teve conhecimento de algum caso? O que faria se soubesse que alguém, seu apoiante ou ligado ao partido pelo qual concorre, tinha “comprado votos”?
R: Claro que tive e toda a gente tem. Não vou entrar em detalhes porque as coisas são feitas às claras e às escuras mas não são fáceis de provar. Se oferecem coisas às pessoas, estas são livres de aceitar, mas não devem aceitar isso como suborno ou chantagem. Aceitei esta responsabilidade para proporcionar uma alternativa diferente (porque há alternativas iguais...) aos florentinos que não se revêem nessas práticas terceiro-mundistas. Se tivesse conhecimento concreto de alguma situação desse tipo envolvendo o partido que me apoia, retiraria a minha disponibilidade e a minha candidatura imediatamente com um pedido de desculpas público.

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