terça-feira, 14 de outubro de 2008

As respostas de Paulo Valadão (1/3)

1. Quais as principais 3 medidas concretas que promete apresentar e defender na Assembleia Legislativa Regional dos Açores em benefício da ilha das Flores durante a próxima legislatura (caso seja eleito)?
Resposta: De acordo com o manifesto eleitoral que apresento aos eleitores das Flores, as principais três medidas concretas a defender na Assembleia Regional são:
Maiores rendimentos para todos os que estão ligados ao sector primário, o que passa pelo aumento do preço da carne e do leite, escoamento atempado do peixe, pagamento de subsídios e apoios aos agricultores de acordo com os prazos estipulados aquando da feitura das candidaturas.
Extensão do cabo de fibra óptica às Flores e Corvo.
• Melhoria nos diversos portos das Flores e construção de portos de recreio nas Lajes e em Santa Cruz.

2. A ilha das Flores debate-se presentemente com um progressivo esvaziamento demográfico. Como considera ser possível conciliar o indispensável aumento de escolaridade dos florentinos com a fixação desses mesmos jovens que tanta dificuldade têm em encontrar empregos diferenciados na sua terra-natal?
R: Preocupo-me com a fixação de todos os jovens, independentemente da sua escolaridade. Considero urgente que a Escola das Flores implemente a criação de cursos profissionais, relativamente a profissões necessárias para a Ilha, o que poderia contribuir para a fixação de jovens e para que eles não abandonem a sua terra. Em diversos serviços, públicos e privados, existe grande precariedade no emprego; tornar os empregos menos precários ajuda à fixação. Em muitos serviços não existem os meios humanos necessários e adequados, há que fixar pessoas criando postos de trabalho. Torna-se necessário que se aumentem os incentivos no sentido dos jovens criarem as suas próprias empresas, suprindo necessidades sentidas pela população.

3. Que área de actividade económica considera poder ser mais impulsionadora do progresso e desenvolvimento da ilha das Flores, a agro-pecuária ou o turismo? Considera que podem ser ambas conciliáveis entre si?
R: A agropecuária, antes o sector primário, e o turismo são actividades fundamentais para o progresso e desenvolvimento da Ilha, sendo conciliáveis e até o desenvolvimento de uma deve contribuir para que a outra se desenvolva. A agricultura e a pecuária são responsáveis por uma paisagem humana que é fundamental para o desenvolvimento do turismo; as pescas e, de um modo geral, toda a actividade ligada ao mar relaciona-se com a actividade turística.
Os produtos advenientes do sector primário são consumidos pelo turistas, que os exigem de boa qualidade e as Flores pode oferecer essa boa qualidade.

4. Considera que a defesa do ambiente e da ecologia é um sério travão ao desenvolvimento e progresso da ilha das Flores?
R: Como se pode falar em turismo de qualidade numa Ilha onde existem duas lixeiras a céu aberto!
Não há progresso onde o saneamento básico é muito precário, onde não existem preocupações ambientais, onde ainda há água canalizada em tubos de fibrocimento!
Pode e deve haver conciliação entre ambiente e desenvolvimento. Mas é necessário vontade política para isso. Dou um de muitos exemplos: necessitamos de energia, a opção por energia térmica é uma opção errada, mas se a opção for energia hídrica, solar ou eólica podemos conciliar assim desenvolvimento e preservação do ambiente.

5. Com uma população actual de cerca de 4 mil habitantes, justifica-se a existência de dois concelhos na ilha das Flores, como no tempo em que as comunicações se faziam só por mar e a população florentina era de cerca de 8 mil habitantes?
R: A divisão administrativa não é competência regional; mas, sou defensor da manutenção da actual divisão administrativa por estar enraizada no sentir do povo e porque a proximidade da gestão da coisa pública é benéfica para as populações. A actual divisão administrativa das Flores é altamente benéfica para a Ilha no que diz respeito às transferências de verbas do Orçamento do Estado para as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia. Com alteração do número dos concelhos a verba que anualmente é transferida para os actuais dois concelhos, reduzir-se-ia quase a metade.

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